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De casa, mas ainda mais próximos


Vista maravilhosa da nossa janela lateral

Boa noite, pessoal! Amanhã estou de casa, até segunda!

Essas foram as últimas frases direcionei ao vivo aos meus companheiros de trabalho. Pensando bem, talvez na porta eu tenha alertado: “não esqueçam de desligar a cafeteira”. Entra e sai semana, e a segunda-feira não chega.


Foi em 13 de março a última vez que estive no meu espaço de trabalho, em uma bancada que divido com alguns companheiros. Mais de 70 dias longe de uma rotina que sempre me fez tão bem. Até mesmo os pontos negativos como os elevadores que demoram e o “chafé” que as vezes saia depois do almoço me fazem falta. De certa forma, fico me perguntando se tudo isso algum dia irá voltar.


Há 4 anos atrás tomei a decisão de transferir o servidor da empresa para a nuvem entre a Microsoft e o Google e recebi resistência. Afinal de contas, os arquivos estariam “voando” por aí

no céu de algum servidor nos EUA, Índia, Hong Kong... Todos os tipos de empecilhos vinham à tona diariamente: “a nuvem deixa o meu computador lento”, “e quando a internet cair, como acessaremos nossos dados?”, “hoje eu não consigo nem anexar um arquivo de texto no e-mail, deve ser a nuvem”, “o meu monitor está piscando, deve ser a nuvem” e outros que você nem imagina.


Resiliência. Ela esteve comigo na maioria das vezes e, graças a ela, a nossa agência não parou para fazer back-ups, nem para planejar como os nossos colaboradores poderiam trabalhar de casa. Todos os softwares do nosso dia a dia migraram há algum tempo para o modelo de assinatura, o que permite a flexibilidade de acessar a sua conta de qualquer lugar, basta um computador conectado à rede. Tínhamos tudo pronto, mas faltava algo essencial para a manutenção do nosso propósito: a proximidade. Fazia parte do nosso processo criativo olhar para o lado, tirar o sarro de uma estampa de camisa diferente, reclamar do ar condicionado... Mas como manter esse contato vivo para que cada colaborador ainda se sinta parte de um time? Percebemos que as chamadas ficaram mais frequentes, assim como as ligações por vídeo. Acionamos o Google Meeting para trocar meia-dúzia de ideias. Mostramos a nossa casa uns para os outros, até mesmo quando as crianças a transformam numa grande trincheira de brinquedos. Respondemos que precisamos fazer o almoço e já já voltamos e assim vamos integrando uns nas vidas dos outros mesmo a quilômetros de distância.


Estamos longe uns dos outos, mas mais conectados do que nunca. Quando tudo isso passar, estaremos ainda mais fortes. Todos nós.



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