As redes sociais espalham o convite para a live de uma famosa dupla sertaneja. Vai ter sofrência on-line para matar a saudade dos shows lotados de gente, braços erguidos, cantando feliz. Evidências? Sim, as possíveis para uma vida de afastamento social: a presença do público é garantida, embora a ausência da multidão seja certa. Se, no modo de proteção do vírus, não cabe um abraço, que dirá a proximidade das multidões que se comprimem e se fundem nas pistas das grandes casas de show do país!
Ao lado dos artistas, a marca – a propiciadora do evento que enxergou a grande oportunidade de continuar presente e amenizar a angústia do consumidor preso em casa, que abraçou a possibilidade de oferecer ajuda e alívio ao confinamento em forma de distração e alegria, reunindo uma imensa plateia sem juntar as pessoas: a live.
Talvez essa experiência tão bem-sucedida não desapareça quando o vírus for embora. É possível imaginar que dela surja uma nova forma de oferecer ao público shows, filmes, séries e capítulos de uma novela. Quem sabe não presenciamos o nascimento de uma nova forma de entreter o espectador, oferecendo-lhe a possibilidade de fazer sua própria programação, com horários mais apropriados à sua agenda? Algo além dos já consagrados streamings, que alcance a TV aberta e possa estar ao alcance de todo consumidor, independentemente de sua condição econômica. Algo como as lives, mas que também alcance os mais de 40 milhões de brasileiros que não têm acesso à internet.
O quê? Isso é tarefa para os gênios da telemática. O que posso garantir é que haverá uma marca apoiando a novidade.
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