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Será que um dia apertaremos a tecla “criar anúncio”?


Crédito: ShutterStock

Robôs ocuparão o lugar dos criativos? É difícil responder a essa pergunta quando você nasceu e viveu em um tempo que tornou realidade inovações tecnológicas que antes só existiam em histórias em quadrinhos, livros e filmes de ficção científica.


Na década de 1980, vimos os primeiros robôs ocuparem o lugar de operários nas fábricas de automóveis. Máquinas revolucionárias e pioneiras na automação industrial do país. Braços mecanizados que soldavam, pintavam, cortavam e operavam sem parar, realizando variadas tarefas que antes exigiam dois turnos com diversos braços de trabalho humano.


No segmento publicitário, o computador chegou devagar às agências, foi ocupando cada vez mais espaços e, num piscar de olhos, já havia desalojado milhares de arte-finalistas, desenhistas, ilustradores, letristas, produtores gráficos e tantas outras competências que hoje são centralizadas em um único indivíduo e sua máquina recheada de softwares gráficos. Foi o futuro que chegou e jogou no passado todos aqueles que não acompanharam as transformações da profissão.

Os criativos observavam as mudanças com despreocupada arrogância. Não acreditavam que as máquinas seriam capazes de criar títulos e layouts com o mesmo brilhantismo da mente humana.



Eu fiz parte dos que pensavam assim, não acreditava que isso pudesse acontecer um dia. Mas confesso que tenho pensado seriamente nisso. Será que vai acontecer? Certamente, embora sem o refinamento do nosso cérebro, mas com respostas viáveis, objetivas e mais baratas. Mensagens perfeitas para um público que recebe informações de todos os lados, de forma demasiada, constantemente e por diversos canais. Um público que valoriza cada minuto do seu tempo e que vai valorizar ainda mais uma publicidade rápida, que estampe de forma instantânea as sete respostas que importam – Quem? O quê? Onde? Quando? Por quê? Como? Quanto?


É nesse cenário que prevejo robôs criando anúncios. Mas não todo e qualquer anúncio. Por mais que a tecnologia avance e tente fazer nossos cérebros agir como máquinas, ainda restará em nós a mais sólida manifestação de humanidade: a emoção. Máquinas não riem, não choram, não têm saudade, não amam. Máquinas não sentem. Como poderão criar anúncios que emocionam?


Você tem essa resposta?

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